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Questões Sobre Colonização Portuguesa - História - Vestibular Tradicional

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11) No século XVIII, a colônia Brasil passou por vários conflitos internos. Entre eles temos a

  • A) Guerra dos Emboabas, luta entre paulistas e gaúchos pelo controle da região das Minas Gerais. Essa guerra impediu a entrada dos forasteiros nas terras paulistas e manteve o controle da capitania de São Paulo sobre a mineração.
  • B) Revolta Liberal, tentativa de reagir ao avanço conservador da monarquia portuguesa, que usava de seus símbolos monárquicos e das baionetas do Exército da Guarda Nacional, como forma de cooptar e intimidar os colonos portugueses.
  • C) Revolta de Filipe dos Santos, levante ocorrido em Vila Rica e liderado pelo tropeiro Filipe dos Santos. O motivo foi a cobrança do quinto, a quinta parte do ouro fundido pelas Casas de Fundição controladas pelo poder imperial.
  • D) Farroupilha, revolta que defendia a proclamação da República Rio-Grandense (República dos Farrapos) como forma de obter liberdades políticas, fim dos tributos coloniais e proibição da importação do charque argentino.
  • E) Cabanagem, movimento de elite dirigido por padres, militares e proprietários rurais, que propunham a proclamação da república como forma de combater o controle econômico exercido pelos comerciantes portugueses.
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A alternativa correta é letra C

A Revolta de Filipe dos Santos, ou Revolta de Vila Rica, um movimento nativista do século XVIII, ocorreu devido ao monopólio instituído das casas de fundição e a cobrança do imposto conhecido como quinto sobre a produção de ouro. Essas medidas representavam um endurecimento da exploração colonial. Filipe dos Santos, como líder do movimento, foi condenado à morte.
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12) A arte colonial mineira seguia as proposições do Concílio de Trento (1545-1553), dando visibilidade ao catolicismo reformado. O artífice deveria representar passagens sacras. Não era, portanto, plenamente livre na definição dos traços e temas das obras. Sua função era criar, segundo os padrões da Igreja, as peças encomendadas pelas confrarias, grandes mecenas das artes em Minas Gerais.

(Adaptado de Camila F. G. Santiago, “Traços europeus, cores mineiras: três pinturas coloniais inspiradas em uma gravurade Joaquim Carneiro da Silva”, em Junia Furtado (org.) Sons, formas, cores e movimentos na modernidade atlântica Europa, Américas e África. São Paulo: Annablume, 2008, p. 385.)
Considerando as informações do enunciado, a arte colonial mineira pode ser definida como
  • A) renascentista, pois criava na colônia uma arte sacra própria do catolicismo reformado, resgatando os ideais clássicos, segundo os padrões do Concílio de Trento.
  • B) barroca, já que seguia os preceitos da Contrarreforma. Era financiada e encomendada pelas confrarias e criada pelos artífices locais.
  • C) escolástica, porque seguia as proposições do Concílio de Trento. Os artífices locais, financiados pela Igreja, apenas reproduziam as obras de arte sacra europeias.
  • D) popular, por ser criada por artífices locais, que incluíam escravos, libertos, mulatos e brancos pobres que se colocavam sob a proteção das confrarias.
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A alternativa correta é letra B

O Concílio de Trento se relaciona à chamada Contrareforma da Igreja Católica diante da expansão do protestantismo. Ele buscou reafirmar dogmas enfraquecidos, ou que estavam sendo questionados pela Reforma, através da educação e da aproximação entre fiéis e os temas bíblicos. A arte produzida em Minas Gerais pode ser chamada de barroca devido a sua estética e a seus temas relacionados à arte sacra, geralmente encomendadas por confrarias e irmandades da região.

13) “Se abraçarmos alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua… e isto para os atrair a deixarem os outros costumes essenciais…”.

(Manuel da Nóbrega, em carta de 1552.)
Com base no texto, pode-se afirmar que
  • A) os jesuítas, em sua catequese, não se limitaram a aprender as línguas nativas para cristianizar os indígenas.
  • B) a proposta do autor não poderia, por suas concessões aos indígenas, ser aceita pela ordem dos jesuítas.
  • C) os métodos propostos pelos jesuítas não poderiam, por seu caráter manipulador, serem aceitos pelos indígenas.
  • D) os jesuítas experimentaram os mais variados métodos para alcançar seu objetivo, que era explorar os indígenas.
  • E) os jesuítas, depois da morte de José de Anchieta, abandonaram seus escrúpulos no sentido de corromper os indígenas
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A alternativa correta é letra A

Além de aprender os dialetos nativos para catequisar os indígenas, os padres jesuítas precisaram compreender essas diferentes culturas. Os mitos, crenças, organizações sociais, eventos, não poderiam ser eliminados, pois isso causaria revolta e afastamento dos nativos. Foi necessário um exercício de alteridade para que o cristianismo se tornasse inteligíve aos índios, não apenas atrvés da língua.
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14) Com relação ao Período Colonial, tanto na América Portuguesa como na América Espanhola, considere as seguintes afirmações: 1. A mão-de-obra africana, empregada nas atividades econômicas, era predominante. 2. As Coroas controlavam as economias por intermédio de monopólios e privilégios. 3. Os nascidos nas Américas não sofriam restrições para ascender nas administrações civis e religiosas. 4. A alta hierarquia da Igreja Católica mantinha fortes laços políticos com as Coroas. 5. As rebeliões manifestaram as insatisfações políticas de diferentes grupos sociais. Das afirmações acima, são verdadeiras apenas

Com relação ao Período Colonial, tanto na América Portuguesa como na América Espanhola, considere as seguintes afirmações:
1. A mão-de-obra africana, empregada nas atividades econômicas, era predominante.
2. As Coroas controlavam as economias por intermédio de monopólios e privilégios.
3. Os nascidos nas Américas não sofriam restrições para ascender nas administrações civis e religiosas.
4. A alta hierarquia da Igreja Católica mantinha fortes laços políticos com as Coroas.
5. As rebeliões manifestaram as insatisfações políticas de diferentes grupos sociais.
Das afirmações acima, são verdadeiras apenas
  • A) 1, 2 e 3.
  • B) 1, 3 e 4.
  • C) 2, 3 e 5.
  • D) 2, 4 e 5.
  • E) 3, 4 e 5.
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A alternativa correta é letra D

A colonização espanhola e a portuguesa se aproximaram em alguns pontos, como por exemplo, no grande poder exercido pela Igreja Católica, no controle das Coroas por meio de monopólios de exploração, nas várias rebeliões que manifestavam a insatisfação popular, e nas restrições impostas aos nascidos na Colônia. Porém, diferente do Brasil, que usava a mão-de-obra africana, na América espanhola a força de trabalho indígena foi predominante.

15) “O missionário que se volta para o índio, prega-lhe em tupi e compõe autos devotos (e, por vezes, circenses) com o fim de convertê-lo, é um difusor do salvacionismo ibérico para quem a vida do selvagem estava imersa na barbárie (…).”

BOSI, A. Dialética da colonização, São Paulo, Companhia das
Letras, 2000, p. 92
Entre os diversos aspectos que caracterizaram a presença dos jesuítas no Brasil colonial estão:
  • A) A política missionária, o alargamento das fronteiras da fé cristã e a ação educativa desenvolvida em seus colégios. 
  • B) A defesa da tolerância religiosa, o combate à escravização de negros africanos e o desenvolvimento de eficientes métodos pedagógicos.
  • C) A aceitação das práticas religiosas indígenas, a inflexível imposição do idioma português e a perspectiva salvacionista.
  • D) A defesa da escravização indígena, o combate às práticas mercantis e a mística da devotio moderna. 
  • E) A condenação do uso de imagens nas celebrações litúrgicas, a tradução da Bíblia para o tupi e o distanciamento das orientações do Concílio de Trento.
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A alternativa correta é letra A

 Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549 juntamente com o primeiro governador-geral, Tome de Souza. Eram comandados pelo padre Manuel da Nóbrega. A função tida como santa pela igreja católica imbuída aos missionários era de arrebanhar novos cristãos neste mundo novo que estava se apresentando, a função jesuítica era catequizar, tornando assim mais próximas as relações entre nativos e colonizadores.

 

 
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16) A atividade extrativista desenvolvida na Amazônia foi importante porque

A atividade extrativista desenvolvida na Amazônia foi importante porque
  • A) garantia a ocupação da região e aproveitou a mão-de-obra indígena local.
  • B) reproduziu na região a estrutura da grande propriedade monocultora.
  • C) gerou riquezas e permitiu a abertura de estradas na região.
  • D) permitiu a integração do norte do Brasil ao contexto andino.
  • E) inviabilizou as aspirações holandesas de ocupação da floresta.
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A alternativa correta é letra A

No interior das missões dos jesuítas na Amazônia, a mão-de-obra indígena era utilizada para a extração de vegetais nativos, como o cacau, a canela, a castanha e o guaraná - as "drogas do sertão".

17) “O que o canavial sim aprende do mar: O avançar em linha rasteira da onda; o espraiar-se minucioso, de líquido, alagando cova a cova onde se alonga. O que o canavial não aprende do mar: o desmedido do derramar-se da cana; o comedimento do latifúndio do mar, que menos lastradamente se derrama.”

João Cabral de Melo Neto, “O mar e o canavial”, in A educação pela pedra. Antologia poética. Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1989, p. 9.
João Cabral, recifense, relacionou, no fragmento de poema acima, mar e canavial. A associação considera semelhanças e diferenças entre eles e pode ser compreendido se considerarmos que:
  • A) “o avançar em linha rasteira” do canavial é uma menção à expansão da produção açucareira na região Nordeste e especialmente no Estado de Pernambuco iniciada no período colonial e encerrada no Império.
  • B) o mar e as praias de Pernambuco sempre foram, ao lado da cana, as únicas fontes de riqueza da região Nordeste, desde o período colonial até os dias de hoje.
  • C) “o desmedido do derramar-se da cana” é uma referência crítica à organização da produção açucareira em latifúndios, unidades produtoras de grande porte.
  • D) as lavouras de cana sempre estiveram localizadas no interior de Pernambuco, distantes do litoral, e a relação com o mar é para mostrar a totalidade geográfica do Estado.
  • E) “alagando cova a cova onde se alonga” é uma sugestão de que o plantio da cana, assim como o mar, provocou, ao longo de sua história, muitas mortes.
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A alternativa correta é letra C

Como a alternativa C revela, o trecho faz uma crítica ao molde adotado pela elite agricultora para a produção e exportação da cana-de-açúcar, consistindo em um grandes territórios dedicados quase que exclusivamente ao cultivo do gênero, tomando grandes porções territoriais brasileiras.
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18) O Velho Chico

 
O rio São Francisco é também o maior responsável pela prosperidade de suas áreas ribeirinhas compreendidas pela dominação do Vale do São Francisco, onde cidades experimentaram maior crescimento e progresso como Petrolina em Pernambuco e Juazeiro (Bahi
  • A) devido a agricultura irrigada. Essa região apresenta-se atualmente como a maior produtora de frutas tropicais do país, recebendo atenção especial, também, a produção de vinho, em uma das poucas regiões do mundo que obtêm duas safras anuais de uvas.
    (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_S%C3%A3o_
    Francisco#Lendas_do_S.C3.A3o_Francisco)
     
    O texto revela a importância econômica do rio São Francisco para as populações ribeirinhas, na atualidade. Sua transposição tem sido apontada como uma solução para minimizar o problema da seca no Nordeste. Durante o período colonial brasileiro, esse rio também foi importante, em razão de
     
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A alternativa correta é letra D

 O Rio São Francisco, durante o período colonial, teve importância fundamental para que houvessem condições para o desenvolvimento da pecuária, atividade que tinha como principal mercado os cultivos de cana-de-açúcar e sobreviveu durante muito tempo em função desse mercado.

19) “O que mais espanta os Índios e os faz fugir dos Portugueses, e por consequência das igrejas, são as tiranias que com eles usam, obrigando-os a servir toda sua vida como escravos, apartando mulheres de maridos, pais de filhos, ferrando-os, vendendo-os, etc. […] estas injustiças foram a causa da destruição das igrejas…”

Padre José de Anchieta, na segunda metade do século XVI.
 
A partir do texto, é correto afirmar que:
A partir do texto, é correto afirmar que:
  • A) a defesa dos indígenas feita por Anchieta estava relacionada a problemas de ordem pessoal entre ele e os
    colonizadores da capitania de São Paulo.
  • B) a escravidão dos índios, a despeito das críticas de Anchieta, foi uma prática comum durante o período colonial, estimulada pela Coroa portuguesa.
  • C) os conflitos entre jesuítas e colonizadores foram constantes em várias regiões, tais que: Maranhão, São Paulo e Missões dos Sete Povos do Uruguai.
  • D) a posição de defesa dos indígenas, assumida por Anchieta, foi isolada nas Américas, tanto na Portuguesa quanto na Espanhola.
  • E) a defesa dos jesuítas foi assumida pela Coroa nos episódios em que essa ordem religiosa lutou por interesses antagônicos aos dos colonizadores.
     
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A alternativa correta é letra C

Principalmente nas regiões periféricas da América portuguesa era comum o uso da mão-de-obra indigena. Os jesuitas procuravam reunir os índios nas chamadas "missões", afastando eles do convivio regional e os ensinavam a fé católica. Eram comuns os conflitos entre a Companhia de Jesus com os colonos, já que estes procuravam escravizar os índios, diversas vezes invadindo e destruindo missões. Ações desse tipo ficaram conhecidas pelo famoso movimento bandeirantismo paulista.
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20) O português no Brasil teve de mudar quase radicalmente o seu sistema de alimentação, cuja base se deslocou, com sensível déficit, do trigo para a mandioca; e o seu sistema de lavoura, que as condições físicas e químicas de solo, tanto quanto as de temperatura ou de clima, não permitiam fosse o mesmo doce trabalho das terras portuguesas. A esse respeito o colonizador inglês dos Estados Unidos levou sobre o português do Brasil decidida vantagem, ali encontrando condições de vida física e fontes de nutrição semelhantes às da mãepátria.

(Gilberto Freire. Casa-grande & senzala, 1933.)
 
Segundo o texto, o autor:
  • A) prefere as condições naturais oferecidas pela Europa.
  • B) atribui importância às trocas culturais entre a Europa e a América do Sul.
  • C) valoriza os elementos geográficos das terras brasileiras.
  • D) defende a cultura indígena norte-americana como mais original.
  • E) acredita que o português teve mais vantagens que o inglês diante da adversidade geográfica americana.
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A alternativa correta é letra A

O autor faz uma análise comparativa da problemática de cultivo encontrada pelos portugueses, pois estes não mais poderiam produzir os gêneros que estavam adaptados na Península Ibérica, tais como os pescados mediterrânicos, o trigo, os produtos derivados da oliveira e da uva etc. Por esse ângulo, certamente o colonizador inglês obteve uma certa vantagem, pois as condições geográficas encontradas no território americano eram semelhantes aos de seu antigo lar. Logo, é somente por esse aspecto que podemos, quase que totalmente por dedução e eliminação, assinalar a alternativa A. Entretanto, é importante salientar que a questão foi mal formulada e deixa uma certa margem de dúvida quanto ao propósito do autor.
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