Continua após a publicidade..
E, não havendo nas minas outra moeda mais que ouro em pó, o menos que se pedia e dava por qualquer coisa eram oitavas [cerca de 3 gramas e meia]. [Porei] aqui um rol […] dos preços das coisas que […] lá se vendiam no ano 1703 […] Por um boi, cem oitavas. Por uma mão de sessenta espigas de milho, trinta oitavas. Por uma alqueire de farinha de mandioca, quarenta oitavas. Por um queijo do Alentejo, três a quatro oitavas. Por uma cara de açúcar [açúcar em forma de disco] de uma arroba, 32 oitavas. Por um barrilote de vinho, carga de um escravo, cem oitavas…
(André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil
por suas drogas e minas, 1711.)
As informações apresentadas pelo cronista do século XVIII demonstram que o regime alimentar da população da região das Minas Gerais era:
- A) controlado pela legislação da Metrópole, que reservava o mercado consumidor das minas para as mercadorias européias.
- B) submetido a uma situação de carestia dos gêneros alimentícios, fato que inviabilizou a continuidade da exploração aurífera na região.
- C) composto por gêneros nativos da América, produtos transplantados pelos colonizadores para o solo americano e mercadorias importadas.
- D) precário e insuficiente para o conjunto da população, formada por funcionários lusitanos, garimpeiros e escravos.
- E) dependente de gêneros extraídos da natureza local, aplicando-se para isso conhecimentos adquiridos com os índios.
Continua após a publicidade..
Resposta:
A alternativa correta é letra C
A alimentação da população de Minas Gerais é baseada em três frentes. O cultivo de alimentos do continente americano, como o milho. A vinda de outros produtos pelos colonizadores, como a cana de açucar e o gado e também a vinda de produtos manufaturados importados de outros países, como queijos e vinhos. Essas três frentes estão presentes na alternativa c).
Continua após a publicidade..
Continua após a publicidade..
Deixe um comentário