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Efetivamente, ocorriam casamentos mesmo entre os escravos. É preciso lembrar que a Igreja incumbia os senhores de manter seus cativos na religião católica, responsabilizando-os pelo acesso aos sacramentos e ritos de culto. Dessa forma, o casamento era não só forma de aculturação, mas também de estabilidade nos plantéis, desestimulando fugas e mesmo as alforrias, revertendo sempre no interesse do próprio senhor. Como exemplo, no Serro Frio, Francisca da Silva de Oliveira, a conhecida Chica da Silva, casava sistematicamente seus escravos. Em 30 de julho de 1765, na matriz de Santo Antônio do Tejuco, casaram-se seus escravos Joaquim Pardo e Gertrudes Crioula.
(Júnia Ferreira Furtado, Cultura e sociedade no Brasil colônia.)
Assim, para os senhores de escravos, permitir e incentivar o casamento dos seus escravos significava
- A) se contrapor aos interesses da Igreja Católica, que defendia os rituais religiosos apenas aos homens livres.
- B) ampliar, de maneira substancial, as ocorrências de alforrias das crianças nascidas desses casamentos.
- C) resgatar as tradições culturais e religiosas dos povos africanos, garantindo o casamento entre pessoas da mesma etnia.
- D) ter escravos disciplinados para o trabalho e menos propensos aos atos de rebeldia contra a escravidão.
- E) evitar as uniões entre africanos e colonizadores brancos, em nome do projeto de “embranquecimento” do Brasil.
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Resposta:
A alternativa correta é letra D
O bom trato aos escravos era aconselhado desde o século XVI, já pelo Padre Antonil, em seu "Cultura e opulência do Brasil". As famílias escravas eram mais estáveis, e algumas possuiam pequenas lavouras particulares ou casebres. Isso diminuia o risco de fugas, de requisições de alforria e de insurreições.
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