(PUCCamp SP/2018) O império romano foi constituído em um longo processo de expansão, que contou com grandes ações militares e significativa resistência nos territórios invadidos. São exemplos de conflitos travados ao longo desse processo de expansão as Guerras
- A) Médicas, que resultaram, após anos de combates, na derrota dos persas pelos romanos.
- B) Púnicas, que tiveram, dentre as suas consequências, a destruição de Cartago.
- C) Bárbaras, que consistiram na vitória pelo exército romano dos chamados exércitos bárbaros, compostos de saxões e berberes, dentre outros.
- D) do Peloponeso, que provocaram a custosa incorporação da Grécia aos limites dos domínios romanos.
- E) Cantábricas, que culminaram na ocupação da então chamada Britânia entre as colônias de Roma.
Resposta:
São exemplos de conflitos travados ao longo desse processo de expansão as Guerras Púnicas, que tiveram, dentre as suas consequências, a destruição de Cartago. A alternativa correta é a letra B.
As Guerras Púnicas foram uma série de três guerras que opuseram a República Romana e a República de Cartago, cidade-estado fenícia, no período entre 264 a.C. e 146 a.C. Depois de um século de lutas, ao fim das Guerras Púnicas, Cartago foi totalmente destruída e Roma passou a dominar o mar Mediterrâneo.
As Guerras Púnicas tiveram como causa a rivalidade entre Roma e Cartago, pela hegemonia econômica, política e militar no Mediterrâneo, importante meio de transporte de mercadorias naquela época. Os romanos intervieram na Sicília, que era dominada por Cartago, e iniciaram a Primeira Guerra Púnica, que terminou com a vitória romana e a perda das ilhas Sicília, Córsega e Sardenha por parte dos cartagineses.
Na Segunda Guerra Púnica, o general cartaginês Aníbal invadiu a península Itálica, atravessando os Alpes com elefantes, e venceu várias batalhas contra os romanos, mas não conseguiu tomar Roma. Os romanos, por sua vez, atacaram a Península Ibérica e a África, obrigando Aníbal a voltar para defender Cartago. A guerra terminou com a derrota de Aníbal na batalha de Zama, em 202 a.C., e com a imposição de duras condições aos cartagineses, que tiveram que pagar pesados tributos, entregar seus navios e seus elefantes, e renunciar à sua autonomia militar.
Na Terceira Guerra Púnica, os romanos, temendo a recuperação econômica de Cartago, decidiram destruir definitivamente a cidade rival. O senador Catão, o Velho, terminava todos os seus discursos com a frase “Cartago deve ser destruída” (Delenda est Carthago). Em 149 a.C., os romanos declararam guerra a Cartago, sob o pretexto de que os cartagineses haviam violado o tratado de paz ao se defenderem de um ataque dos númidas, aliados de Roma. Os cartagineses resistiram por três anos, mas foram vencidos e massacrados pelos romanos, que incendiaram e arrasaram a cidade, e venderam os sobreviventes como escravos. Cartago deixou de existir como potência e Roma se tornou a senhora do Mediterrâneo.
Deixe um comentário