(UNICAMP/2020) Os imperadores romanos que reinaram no século II administraram um vasto império. Eles se tornaram mais abertamente monárquicos e dinásticos, particularmente fora de Roma, onde não precisavam se preocupar com os humores do Senado. Emergiu uma corte itinerante que competia por influência. Comunidades provinciais enviavam um embaixador atrás do outro para acompanhar o imperador onde quer que ele pudesse estar. Poderiam encontrar Adriano às margens do Nilo ou supervisionando a construção da grande muralha que cruzava o norte da Britânia; ajudando a projetar seu templo de Vênus diante do Coliseu; fazendo um discurso para soldados na África. O império era governado de onde o imperador estivesse.
(Adaptado de Greg Woolf, Roma. São Paulo: Cultrix, 2017, p. 204.)
A partir da leitura do texto, assinale a alternativa correta.
- A) O Senado, composto por notáveis, fazia oposição à centralização do poder do Imperador e garantia a centralidade do governo em Roma e a democratização das decisões governamentais.
- B) O Império romano foi marcado pelas disputas de poder entre o Imperador e o Senado. Os conflitos entre eles acabaram por resultar na diminuição do poder do Senado no que diz respeito à administração pública.
- C) O Senado, composto por notáveis, apoiava a centralização do poder nas mãos do Imperador. A nova estrutura política do Império permitia a mobilidade da administração pública representada pelo Imperador.
- D) O Império, governado por militares, opunha-se às comunidades provinciais. Isso levou ao desaparecimento do Senado como instituição responsável pela administração pública.
Resposta:
A resposta correta é a alternativa B. O Império romano foi marcado pelas disputas de poder entre o Imperador e o Senado. Os conflitos entre eles acabaram por resultar na diminuição do poder do Senado no que diz respeito à administração pública.
O texto mostra que os imperadores do século II exerciam um poder monárquico e dinástico, que se manifestava de forma mais evidente nas províncias, onde não tinham que se submeter ao controle do Senado. O Senado era uma instituição que representava a elite aristocrática de Roma, que tinha uma tradição republicana e defendia seus privilégios e interesses. No entanto, o Senado perdeu muito de sua influência política com o surgimento do Império, que foi resultado das guerras civis entre os generais romanos. Os imperadores, apoiados pelos militares e pelas camadas populares, passaram a governar de forma autocrática, sem consultar o Senado ou respeitar as leis republicanas. O Senado se tornou um órgão meramente consultivo e cerimonial, que ratificava as decisões do imperador e lhe concedia títulos honoríficos.
O texto também mostra que os imperadores do século II tinham uma corte itinerante, que acompanhava o imperador em suas viagens pelo império. Essas viagens tinham como objetivo supervisionar as obras públicas, as defesas militares, os cultos religiosos e as relações com as comunidades provinciais. Os imperadores também recebiam embaixadores das províncias, que buscavam obter favores, isenções ou benefícios do imperador. O império era governado de onde o imperador estivesse, o que demonstra a centralização do poder nas mãos do imperador e a subordinação do Senado.
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