Questões Sobre Urbanização brasileira - Geografia - 7º ano

O processo de formação das metrópoles brasileiras se explica pelas desigualdades regionais, promovendo grandes fluxos migratórios, e pela falta de planejamento do crescimento urbano. A região metropolitana é constituída por diversos municípios com a funcionalidade de cidades dormitório. A consolidação de um tecido urbano contínuo é conhecido pelo processo de conurbação.

Devido à concentração nas cidades, decorrente do aumento da industrialização, a urbanização brasileira cresceu em níveis muito grandes. Um dos principais fatores foi o êxodo rural, uma vez que as ofertas de trabalho somadas com a concentração de terras causaram a expulsão do camponês no campo.

Conurbação é um fenômeno urbano que ocorre a partir da união de duas ou mais cidades, constituindo uma única malha urbana uma vez que começam a utilizar os mesmos serviços de infraestrutura. No Brasil esse fenômeno é verificado por exemplo entre a capital do Estado de São Paulo e os municípios vizinhos. Esta cidade expandiu de tal forma a formar uma imensa malha urbana denominada "Grande São Paulo".

As regiões mais urbanizadas do país são o Sul e o Sudeste devido ao histórico de ocupação da área que concentrou grandes indústrias. A concentração industrial favoreceu o desenvolvimento das cidades e a imigração para a região aumentando o  contingente populacional regional.

Nas áreas litorâneas a alta pluviosidade encharca os solos e provoca deslizamentos no período chuvosos. A ocupação de encostas nos perímetros urbanos e a alta densidade de edificações nestas áreas, agrega peso ao solo já encharcado favorecendo ainda mais os deslizamentos. Estes, provocam perdas humanas e materiais por vezes irreparáveis.

O centro de Salvador passa por especulação imobiliária para valorização do terreno, onde será implantado o comércio moderno para atrair a classe média e os turistas. Dessa forma são feitas estratégias políticas para que o capital seja valorizado nessa região.

 O solo urbano é uma mercadoria que tem alto valor de compra, ela é definida pelos agentes formadores do espaço urbano, no caso as elites, que se instalam em áreas de amenidades, com maior atuação do Estado e com fácil acesso aos serviços, distinguindo as classes sociais e privilegiando outras.

O crescimento da economia do setor de serviços acentuou o processo de aglomeração urbana. O contraste com as regiões mais pobres do país incentivou consideráveis fluxos migratórios para os grandes centros urbanos, de modo que os municípios ao redor se tornaram cidades dormitórios. Este processo caracterizou a formação das regiões metropolitanas brasileiras.

O modelo agrícola do Brasil se baseia no latifúndio, utilizando a agricultura mecanizada e transgênicos. Isto faz com que grandes áreas de floresta e cerrado sejam destruídas em prol da produtividade no campo. Além disto o processo em questão é responsável pelo fenômeno de êxodo rural. Por outro lado, as grandes cidades estão cada vez mais aglomeradas, se relacionando até mesmo com a questão do campo, principalmente nas décadas passadas onde o processo de êxodo rural rumo as metrópoles foi intenso. Por conta da desigualdade social presente nas grandes cidades, a violência é um fenômeno que se destaca na realidade urbana. Não apenas ligados à criminalidade, como também pelas ações das polícias que são cada vez mais questionáveis devido aos preocupantes números de jovens negros mortos por estes funcionários do Estado.  

A maior parte das favelas brasileiras se concentra na região sudeste por ser esta a região que mais atrai imigrantes no país. Sobretudo após a década de 50, com a política da Revolução Verde e a mecanização do campo, um grande contingente populacional carente economicamente, se dirigiu às grandes cidades da região sudeste em busca de empregos na indústria insurgente. No entanto, com a falta de políticas públicas de assentamento urbano dessas camadas populacionais e de qualificação da mão-de-obra, essa população por vezes se via desempregada ou em subempregos, o que as forçava a residir em locais desinteressantes para as camadas mais abastadas da população, resultando no surgimento e desenvolvimento das grandes favelas.