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(UDESC) Alguns historiadores analisam que a Revolução Francesa (1789) comportou duas revoluções , ocorridas paralelamente: a burguesa e a camponesa. Assinale a alternativa incorreta, a respeito de algumas das questões que justificariam essa análise sobre a Revolução Francesa.
- A)As agitações e turbulências provocadas pela penúria aumentaram a desordem e contribuíram para que o tempo da colheita - que sempre fora motivo de preocupação - se tornasse tempo de perigo, naquele momento histórico
- B)No antigo regime o desemprego e a carestia dos víveres agravaram a mendicância no campo, a partir de 1788, o que contribuiu para as chamadas revoltas da fome , que deram corpo à revolução burguesa em curso
- C)A expressão Grande Medo de 1789 refere-se a um conjunto de revoltas camponesas que marcaram a entrada dos camponeses na cena revolucionária
- D)A Revolução Francesa foi a revolução das luzes (burguesa e aristocráticA), que ocorreu totalmente separada da revolução popular: esta, um simples episódio no período
- E)O conflito entre o Terceiro Estado e a aristocracia, sustentado pelo poder real, contribuiu fortemente para dar às chamadas revoltas da fome um caráter social
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Resposta:
A alternativa incorreta é a letra d
A Revolução Francesa não foi apenas a revolução das luzes, mas também a revolução popular, que envolveu as camadas mais pobres da sociedade, como os camponeses, os artesãos e os sans-culottes. A revolução popular não foi um simples episódio, mas sim uma força que pressionou e influenciou a revolução burguesa, exigindo mudanças sociais e econômicas. A revolução popular teve momentos de destaque, como a Tomada da Bastilha, a Marcha das Mulheres, o Grande Medo, a Festa da Federação, a Insurreição de 10 de Agosto e a Convenção Nacional.
As outras alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
- A penúria, ou seja, a escassez de alimentos e recursos, foi um dos fatores que geraram agitação e desordem no campo, especialmente no período da colheita, quando os camponeses tinham que pagar os impostos e os dízimos. A fome e a miséria levaram os camponeses a se rebelarem contra os senhores feudais e a destruírem os castelos e os documentos que comprovavam a servidão.
- No antigo regime, o desemprego e a carestia dos víveres, ou seja, o aumento dos preços dos alimentos, agravaram a situação dos trabalhadores rurais e urbanos, que sofriam com a fome e a mendicância. As revoltas da fome foram movimentos populares que reivindicavam pão e justiça, e que contribuíram para a revolução burguesa, pois enfraqueceram o poder real e a nobreza.
- A expressão Grande Medo de 1789 refere-se a um conjunto de revoltas camponesas que ocorreram entre julho e agosto de 1789, logo após a Tomada da Bastilha. Os camponeses, temendo a reação dos senhores feudais e a chegada de tropas estrangeiras, se armaram e atacaram os castelos e as propriedades da nobreza, queimando os títulos de servidão e os impostos. O Grande Medo marcou a entrada dos camponeses na cena revolucionária, e levou a Assembleia Nacional a abolir os privilégios feudais em 4 de agosto de 1789.
- O conflito entre o Terceiro Estado e a aristocracia, sustentado pelo poder real, foi um dos principais motivos da Revolução Francesa. O Terceiro Estado, formado pela burguesia, pelos trabalhadores urbanos e pelos camponeses, era o mais numeroso e o mais explorado, pois pagava a maior parte dos impostos e não tinha direitos políticos. A aristocracia, formada pela nobreza e pelo clero, era o grupo mais privilegiado e o mais influente, pois tinha isenções fiscais e cargos no governo. O conflito entre esses grupos se agravou com a crise econômica e social que afetou a França no final do século XVIII, e que deu às revoltas da fome um caráter social, pois questionavam a desigualdade e a injustiça do antigo regime.
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