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No ambiente judicial é tradição fornecer laudos psicológicos para servir como peças em procedimentos judiciais. Nesse contexto de perícia judicial, há o perito e o assistente técnico. Sobre o referido contexto, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.

I. “Psicólogos judiciais estabelecem um relacionamento reservado e distante com os psicólogos assistentes técnicos, por considerá-los uma ‘ameaça’ à valorização do trabalho pericial diante do juiz.”

PORÉM

II. “Nem sempre o assistente técnico deprecia o trabalho do perito, há casos em que o parecer do assistente técnico é concordante com o laudo pericial, dada a clareza e definição dos objetivos se este contiver, procedimentos éticos e conclusões coerentes.”

Assinale a alternativa correta.

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Resposta:

A alternativa correta é letra E) As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à postura de trabalho do psicólogo perito e a II adverte sobre quando e o porquê de o assistente técnico ter consenso com o perito.

Gabarito: Letra E

 

Certo! Essa afirmação aparece em Shine e Ramos:

 “Para SHINE e RAMOS (1994), o assistente técnico é um psicólogo autônomo, contratado e pago pela parte que quer reafirmar a defesa específica da sua causa. Para os autores, a função do assistente técnico é contestar o trabalho do psicólogo judicial (perito), desqualificando quaisquer afirmações que contrariem os interesses de seu cliente. Por esse motivo, muitos psicólogos judiciais estabelecem um relacionamento reservado e distante com os psicólogos assistentes técnicos, por considerá-los uma “ameaça” [sic] à valorização do trabalho pericial diante do juiz, uma figura de autoridade, perfeccionista e determinante da ordem.”

 

PORÉM

 

Certo! Veja:

“Com o devido respeito e profunda admiração a esses eminentes profissionais é preciso mencionar uma ressalva: nem sempre o assistente técnico denigre o trabalho do perito. Há casos em que o parecer do assistente técnico é concordante com o laudo pericial, especialmente se este contiver objetivos claros e definidos, procedimentos éticos e conclusões coerentes. Além disso, o trabalho conjunto do perito e do(s) assistente(s) técnico(s) pode contribuir para esclarecer a situação apresentada, pois as discussões podem favorecer a troca de informações necessárias ao bom desempenho profissional de ambos, e acima de tudo, compreender a dinâmica familiar e buscar a melhor solução para os conflitos. Qualquer sentimento de persecutoriedade ou “ameaça” (como foi mencionado) só servirá para prejudicar o desempenho profissional e não trará benefício algum para o caso apresentado.”

 

Assim, As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à postura de trabalho do psicólogo perito e a II adverte sobre quando e o porquê de o assistente técnico ter consenso com o perito.

 

Nosso gabarito é Letra E.

Fonte: Silva, Denise Maria Perissini da, 1968- Psicologia jurídica no processo civil brasileiro: a interface da psicologia com o direito nas questões de família e infância / Denise Maria Perissini da Silva. – 3. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2016.

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