(UFMG) – Marx, em A Sagrada Família, afirmou que o Golpe de 18 Brumário de 1799 instaurou um regime que “concluiu o Terror, pondo no lugar da revolução permanente, a guerra permanente”. Todas as alternativas contêm referências corretas relativas à afirmação acima, exceto:
- A) A concentração de um poder ditatorial nas mãos de Napoleão Bonaparte.
- B) A repressão interna desencadeada pelo novo regime sobre os opositores do golpe.
- C) As constantes campanhas militares empreendidas por Napoleão.
- D) As proibições impostas à burguesia no campo associativo.
- E) As severas interdições que limitaram a liberdade da imprensa francesa.;
Resposta:
A alternativa correta é a letra D
O Golpe de 18 Brumário de 1799 foi um golpe de Estado liderado por Napoleão Bonaparte, que encerrou o período do Diretório e instaurou o Consulado, uma forma de governo autoritário que concentrava o poder nas mãos do Primeiro Cônsul, cargo ocupado por Napoleão.
O novo regime reprimiu os opositores do golpe, especialmente os jacobinos, que defendiam a continuidade da revolução e a democracia popular. Napoleão também limitou a liberdade de imprensa, censurando os jornais e controlando a opinião pública.
Além disso, Napoleão empreendeu uma série de campanhas militares pela Europa, buscando expandir o domínio francês e difundir os ideais da revolução. Essas guerras envolveram diversos países, como Áustria, Prússia, Rússia, Espanha, Portugal, Inglaterra, entre outros, e duraram até 1815, quando Napoleão foi derrotado na Batalha de Waterloo.
A única alternativa que não contém uma referência correta relativa à afirmação de Marx é a letra D, pois o novo regime não proibiu a burguesia no campo associativo. Pelo contrário, Napoleão buscou conciliar os interesses da burguesia com os da nobreza e do clero, garantindo a propriedade privada, o livre comércio, a tolerância religiosa e a ordem social. O Código Civil de 1804, por exemplo, foi uma das principais medidas que beneficiaram a burguesia, ao estabelecer os direitos civis e as regras jurídicas baseadas no liberalismo.
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