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(Fuvest) O desenvolvimento da cafeicultura no Brasil durante a República Velha (1889-1930) criou condições para a deflagração de um processo de industrialização na região Sudeste porque
- A) a maior parte dos lucros provenientes da cafeicultura ficava nas mãos dos produtores nacionais, e era investida em atividades industriais.
- B) os governos estaduais contraíam empréstimos no exterior para o financiamento da produção de café, mas investiam parte desses recursos nas indústrias de base.
- C) os bancos brasileiros passaram a desenvolver programas de financiamento da indústria com o lucro obtido na comercialização do café que financiavam.
- D) a exportação do café gerava superávits que o governo federal, através de incentivos fiscais, transferia do setor agrícola para o industrial.
- E) a expansão econômica provocada pelo café contribuiu para a formação do mercado interno, e nos períodos de superprodução parte da mão-de-obra era transferida para a indústria.
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Resposta:
A resposta correta é a alternativa E.
A cafeicultura foi o principal produto de exportação do Brasil na República Velha, e gerou uma grande riqueza para os fazendeiros e comerciantes do café. Essa riqueza permitiu o desenvolvimento de um mercado interno de consumo, que demandava produtos industriais, como tecidos, alimentos, máquinas, etc. Além disso, nos períodos de crise do café, quando havia superprodução e queda dos preços, muitos trabalhadores rurais migravam para as cidades em busca de emprego nas fábricas. Assim, a cafeicultura criou as condições para a industrialização do Sudeste brasileiro, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
As outras alternativas estão incorretas porque:
- A) A maior parte dos lucros do café era enviada para o exterior, para pagar os empréstimos contraídos pelos fazendeiros e pelo governo. Além disso, muitos produtores preferiam investir em terras e na ampliação da produção cafeeira do que em atividades industriais.
- B) Os governos estaduais também dependiam dos empréstimos externos para financiar a produção e a infraestrutura do café, como estradas de ferro e portos. Esses empréstimos eram pagos com as receitas das exportações do café, e não sobravam recursos para investir nas indústrias de base.
- C) Os bancos brasileiros também estavam ligados ao setor cafeeiro, e financiavam a produção e a comercialização do café. Eles não tinham interesse em financiar a indústria, que era considerada um negócio arriscado e pouco lucrativo.
- D) A exportação do café não gerava superávits, mas sim déficits na balança comercial brasileira, pois o país importava mais do que exportava. O governo federal não transferia recursos do setor agrícola para o industrial, mas sim protegia os interesses dos cafeicultores, através da política de valorização do café.
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