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Questões Sobre Revolução Francesa - História - 2º ano do ensino médio

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11) (Cesgranrio)Durante a Revolução Francesa, a radicalização, típica da “Época da Convenção” (1792-5), caracteriza-se pela:

  • A) Promulgação da “Declaração Universal dos Direitos do Homem”
  • B) aprovação da “constituição civil do clero” por Luiz XVI
  • C) instituição de um regime político e social de caráter democrático – o Diretório
  • D) criação de tribunais revolucionários e a abolição dos direitos senhoriais
  • E) pacificação da Europa, a partir da paz entre a França e a Inglaterra
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A alternativa correta é a letra D).

A “Época da Convenção” foi o período mais radical da Revolução Francesa, marcado pela ascensão dos jacobinos ao poder, liderados por Robespierre. Nesse período, foram adotadas medidas como:

  • A criação de tribunais revolucionários para julgar e condenar os inimigos da revolução, especialmente os nobres, os clérigos e os girondinos. Esse período ficou conhecido como o “Terror”, pois milhares de pessoas foram guilhotinadas.
  • A abolição dos direitos senhoriais, que eram as obrigações e tributos que os camponeses deviam aos senhores feudais. Essa medida visava agradar a massa popular e garantir o apoio dos camponeses à revolução.
  • A promulgação da “Constituição do Ano I”, que estabelecia o sufrágio universal masculino, a igualdade jurídica entre os cidadãos, a liberdade de expressão, de imprensa e de culto, e a soberania popular. Essa constituição, porém, nunca foi aplicada, pois os jacobinos alegavam que a França estava em guerra e precisava de um governo forte e centralizado.
  • A instituição do calendário republicano, que substituía o calendário gregoriano e eliminava as referências cristãs. O ano era dividido em 12 meses de 30 dias cada, com nomes relacionados à natureza, como Vendemiário (mês da vindima) ou Germinal (mês da germinação). Cada mês era dividido em três décadas de 10 dias cada, sendo o décimo dia dedicado ao descanso. Os dias da semana também recebiam nomes novos, como Primidi, Duodi, Tridi, etc.
  • A implantação do culto à Razão e ao Ser Supremo, que eram formas de substituir o cristianismo por uma religião civil baseada nos princípios iluministas. O culto à Razão celebrava a racionalidade humana e a liberdade, enquanto o culto ao Ser Supremo exaltava a existência de um deus criador e a virtude cívica.

As outras alternativas se referem a outros momentos da Revolução Francesa, como:

  • A promulgação da “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, que ocorreu em 1789, durante a Assembleia Nacional Constituinte.
  • A aprovação da “constituição civil do clero” por Luiz XVI, que ocorreu em 1790, também durante a Assembleia Nacional Constituinte.
  • A instituição do Diretório, que foi o regime político e social de caráter democrático que sucedeu a Convenção, em 1795.
  • A pacificação da Europa, que foi uma consequência das vitórias militares de Napoleão Bonaparte, que se tornou o líder da França após o golpe de 18 de Brumário, em 1799.
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12) (UNIFOR CE/2016) – A Revolução Francesa, ocorrida em 1789, que teve como ideais a liberdade, a igualdade e a fraternidade, marcou o advento de um novo paradigma estatal.

Sobre o assunto, pode-se afirmar que

  • A) trata-se do advento do Estado Absolutista, que surgiu como uma resposta aos movimentos socialistas da época.
  • B) trata-se do advento do Estado Liberal, que surgiu como uma resposta aos movimentos socialistas da época.
  • C) trata-se do advento do Estado Social, que surgiu como uma resposta às opressões vividas pelos operários, que não eram os donos do capital.
  • D) trata-se do advento do Estado Social, que surgiu como uma resposta ao absolutismo despótico.
  • E) trata-se do advento do Estado Liberal, que surgiu como uma resposta ao absolutismo despótico.
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A alternativa correta é letra E).

A Revolução Francesa foi um movimento que contestou o poder absoluto do rei, que governava sem limites e sem representação popular. Os revolucionários defendiam os princípios do liberalismo, que propunham a separação dos poderes, a soberania nacional, os direitos individuais e a livre iniciativa econômica. Assim, a Revolução Francesa marcou o advento do Estado Liberal, que surgiu como uma resposta ao absolutismo despótico.

As outras alternativas são incorretas, pois:

  • A alternativa A) é falsa, pois a Revolução Francesa não foi o advento do Estado Absolutista, mas sim o seu fim, ao derrubar a monarquia e instaurar a república.
  • A alternativa B) é falsa, pois a Revolução Francesa não surgiu como uma resposta aos movimentos socialistas da época, mas sim aos privilégios da nobreza e do clero. O socialismo só surgiu no século XIX, como uma crítica ao capitalismo.
  • A alternativa C) é falsa, pois o Estado Social não surgiu com a Revolução Francesa, mas sim no século XX, como uma forma de garantir direitos sociais e econômicos aos trabalhadores, diante das desigualdades geradas pelo capitalismo.
  • A alternativa D) é falsa, pois o Estado Social não surgiu como uma resposta ao absolutismo despótico, mas sim ao liberalismo econômico, que deixava os trabalhadores à mercê do mercado.

13) (UNITAU SP/2016) – Sobre a Revolução Francesa, é CORRETO afirmar:

  • A) A concessão de honras e privilégios em função do nascimento deveria ser mantida.
  • B) A crise que motivou a Revolução foi restrita ao aspecto político.
  • C) O poder do povo foi amplamente e efetivamente reconhecido.
  • D) Apesar de a Revolução ter englobado o regicídio, a monarquia deveria ser restabelecida.
  • E) A Constituição estabeleceu o sufrágio censitário, com a distinção entre cidadãos.
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A alternativa correta é letra E).

A Revolução Francesa foi um movimento que contestou o Antigo Regime, que se baseava na concessão de honras e privilégios em função do nascimento, na centralização do poder nas mãos do rei e na desigualdade social entre os três estados: clero, nobreza e terceiro estado. A crise que motivou a Revolução foi de ordem política, econômica, social e cultural, envolvendo questões como a má administração do Estado, a fome, a dívida pública, a influência do iluminismo e a insatisfação popular. A Revolução Francesa proclamou os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, mas não garantiu o poder efetivo do povo, pois houve momentos de radicalização, violência e instabilidade política, que culminaram na ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder. A Revolução Francesa também englobou o regicídio, ou seja, a execução do rei Luís XVI, mas não eliminou definitivamente a monarquia, pois houve períodos em que ela foi restabelecida, como a Restauração e a Monarquia de Julho. A Revolução Francesa elaborou várias constituições, mas a mais importante foi a de 1791, que estabeleceu o sufrágio censitário, ou seja, o direito de voto apenas para os homens que pagavam determinado valor de impostos, criando uma distinção entre os cidadãos ativos e passivos.

As outras alternativas são incorretas, pois:

  • A alternativa A) é falsa, pois a Revolução Francesa não defendia a manutenção dos privilégios de nascimento, mas sim a sua abolição, ao afirmar que todos os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos.
  • A alternativa B) é falsa, pois a Revolução Francesa não foi motivada apenas por uma crise política, mas também por uma crise econômica, social e cultural, que afetava toda a sociedade francesa.
  • A alternativa C) é falsa, pois a Revolução Francesa não reconheceu ampla e efetivamente o poder do povo, mas sim o limitou e o reprimiu em vários momentos, como o Terror, o Diretório e o Império.
  • A alternativa D) é falsa, pois a Revolução Francesa não defendia o restabelecimento da monarquia, mas sim a sua extinção, ao proclamar a república e a soberania nacional.
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14) (UFV) – Durante o período Napoleônico (1799 – 1815), entre as medidas adotadas por Bonaparte, assinale aquela que teve repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra:

  • A) Restauração financeira, com a conseqüente fundação do Bando da França, em 1800.
  • B) Decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o comércio ingleses.
  • C) Promulgação, em 1804, do Código Civil, que incorporou definitivamente à legislação francesa os princípios liberais burgueses.
  • D) Expansão territorial da França, graças à incorporação de várias regiões da Europa, formando o chamado “Império Napoleônico”.
  • E) Criação do franco como novo padrão monetário.
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A alternativa correta é letra B).

O Bloqueio Continental foi uma medida adotada por Napoleão Bonaparte em 1806, que proibia os países europeus de comerciar com a Inglaterra, que era sua principal rival. O objetivo de Napoleão era enfraquecer a economia e a influência inglesas no continente, mas o bloqueio não foi totalmente eficaz, pois muitos países burlaram a proibição ou resistiram à pressão francesa. Um dos países que se recusou a aderir ao bloqueio foi Portugal, que mantinha laços comerciais e políticos com a Inglaterra. Diante da recusa portuguesa, Napoleão invadiu a Península Ibérica em 1807, o que levou à fuga da família real portuguesa para o Brasil, sua principal colônia. A transferência da corte portuguesa para o Brasil teve repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra, pois abriu o mercado colonial para os produtos ingleses, através dos tratados de 1808 e 1810, que concediam privilégios e vantagens aos comerciantes britânicos. Além disso, a presença da corte portuguesa no Brasil acelerou o processo de emancipação política da colônia, que se tornou independente em 1822.

As outras alternativas são incorretas, pois:

  • A alternativa A) é falsa, pois a restauração financeira e a fundação do Banco da França, em 1800, foram medidas que beneficiaram a economia francesa, mas não tiveram impacto direto nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra.
  • A alternativa C) é falsa, pois a promulgação do Código Civil, em 1804, foi uma medida que consolidou os princípios liberais burgueses na legislação francesa, mas não teve influência nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra.
  • A alternativa D) é falsa, pois a expansão territorial da França, formando o Império Napoleônico, foi uma medida que aumentou o poder e a influência de Napoleão na Europa, mas não afetou diretamente as relações comerciais do Brasil com a Inglaterra.
  • A alternativa E) é falsa, pois a criação do franco como novo padrão monetário foi uma medida que facilitou as transações comerciais na França e nos países aliados, mas não teve repercussão nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra.

15) (UNIRIO) –“Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça encontrem um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo.” (Napoleão Bonaparte)

Sobre o Período Napoleônico (1799 – 1815), podemos afirmar que:

  • A) consolidou a revolução burguesa na França, através da contenção dos monarquistas e jacobinos
  • B) manteve as perseguições religiosas e confisco das propriedades eclesiásticas iniciadas durante a Revolução Francesa
  • C) enfrentou a oposição do Exército e dos camponeses ao se fazer coroar imperador dos franceses
  • D) favoreceu a aliança militar e econômica com a Inglaterra, visando à expansão de mercados
  • E) anulou diversas conquistas do período revolucionário, tais como a igualdade entre os indivíduos e o direito de propriedade.
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A alternativa correta é letra A).

O Período Napoleônico foi uma fase da história francesa em que Napoleão Bonaparte assumiu o poder, primeiro como cônsul e depois como imperador, após o fim da Revolução Francesa. Napoleão consolidou a revolução burguesa na França, pois manteve e difundiu alguns dos princípios revolucionários, como o Código Civil, que garantia a igualdade jurídica, o direito de propriedade e a liberdade de trabalho. Napoleão também conteve os monarquistas, que queriam restaurar o Antigo Regime, e os jacobinos, que representavam a ala mais radical da Revolução, que defendia a democracia popular e a igualdade social. Napoleão buscou uma política de conciliação entre as classes sociais, agradando aos burgueses, aos camponeses e aos militares, que formavam a base de seu governo.

As outras alternativas são incorretas, pois:

  • A alternativa B) é falsa, pois Napoleão não manteve as perseguições religiosas e o confisco das propriedades eclesiásticas, mas sim assinou a Concordata com o Papa, em 1801, que restabelecia o catolicismo como religião oficial da França, mas sem interferir na autonomia do Estado.
  • A alternativa C) é falsa, pois Napoleão não enfrentou a oposição do Exército e dos camponeses ao se fazer coroar imperador, mas sim contou com o apoio deles, pois o Exército se beneficiava das conquistas militares de Napoleão e dos camponeses se beneficiavam da garantia da posse da terra.
  • A alternativa D) é falsa, pois Napoleão não favoreceu a aliança militar e econômica com a Inglaterra, mas sim a combateu, pois a Inglaterra era sua principal rival na disputa pela hegemonia na Europa. Napoleão tentou isolar a Inglaterra com o Bloqueio Continental, que proibia o comércio entre os países europeus e a Inglaterra.
  • A alternativa E) é falsa, pois Napoleão não anulou diversas conquistas do período revolucionário, mas sim as preservou e as codificou, como a igualdade entre os indivíduos e o direito de propriedade, que eram interesses da burguesia.
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16) (UFSCar) – A queda na produção de cereais, às vésperas da Revolução Francesa de 1789, desencadeou uma crise econômica e social, que se manifestou

Qual foi a consequência da queda na produção de cereais na França antes da Revolução?

  • A) na alta dos preços dos gêneros alimentícios, na redução do mercado consumidor de manufaturados e no aumento do desemprego.
  • B) no aumento da exploração francesa sobre o seu império colonial, na reação da elite colonial e no início do movimento de independência.
  • C) no abrandamento da exploração senhorial sobre os servos, na divisão das terras dos nobres emigrados e na suspensão dos direitos constitucionais
  • D) na decretação, pelo rei absolutista, da lei do preço máximo dos cereais, na expansão territorial francesa e nas guerras entre países europeus.
  • E) na intensificação do comércio exterior francês e no aumento da exportação de tecidos para a Inglaterra, que foi compensada pela compra de vinhos ingleses.
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A alternativa correta é a letra A.

A queda na produção de cereais na França antes da Revolução foi causada por fatores climáticos, como secas e geadas, que afetaram as colheitas e reduziram a oferta de alimentos. Isso provocou uma crise econômica e social, que se manifestou na alta dos preços dos gêneros alimentícios, na redução do mercado consumidor de manufaturados e no aumento do desemprego. Essa situação agravou a miséria e a fome do povo, especialmente do terceiro estado, que era formado pelos camponeses, artesãos, comerciantes e profissionais liberais. O terceiro estado era o mais numeroso e o mais explorado pela nobreza e pelo clero, que detinham privilégios políticos e econômicos. A crise econômica e social foi um dos fatores que levaram o terceiro estado a se rebelar contra o absolutismo monárquico e a iniciar a Revolução Francesa de 1789.

As outras alternativas são incorretas porque:

  • A alternativa B é incorreta porque a queda na produção de cereais na França não teve relação direta com o aumento da exploração francesa sobre o seu império colonial, nem com o início do movimento de independência. A exploração colonial francesa já existia antes da Revolução e se intensificou durante o governo de Napoleão Bonaparte, que tentou reconquistar as colônias perdidas na América e na Ásia. O movimento de independência das colônias francesas foi influenciado pelos ideais da Revolução, mas também por outros fatores, como a Revolução Americana de 1776 e a resistência dos povos nativos.
  • A alternativa C é incorreta porque a queda na produção de cereais na França não provocou o abrandamento da exploração senhorial sobre os servos, nem a divisão das terras dos nobres emigrados, nem a suspensão dos direitos constitucionais. Pelo contrário, a exploração senhorial sobre os servos se manteve ou se intensificou, pois os nobres tentavam compensar as perdas econômicas com o aumento dos impostos e das obrigações feudais. A divisão das terras dos nobres emigrados só ocorreu depois da Revolução, quando o governo revolucionário confiscou e leiloou os bens dos nobres que fugiram do país. A suspensão dos direitos constitucionais também foi uma medida posterior à Revolução, tomada pelo Comitê de Salvação Pública durante a fase do Terror, que reprimiu os opositores da Revolução.
  • A alternativa D é incorreta porque a queda na produção de cereais na França não levou à decretação, pelo rei absolutista, da lei do preço máximo dos cereais, nem à expansão territorial francesa, nem às guerras entre países europeus. Pelo contrário, o rei absolutista, Luís XVI, se recusou a tomar medidas para aliviar a crise econômica e social, e tentou impor novos impostos ao terceiro estado, o que gerou revolta e insatisfação popular. A lei do preço máximo dos cereais foi uma medida adotada pelo governo revolucionário em 1793, para tentar controlar a inflação e garantir o abastecimento de alimentos. A expansão territorial francesa e as guerras entre países europeus foram consequências da Revolução, que difundiu os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade pelo continente, mas também enfrentou a resistência das monarquias absolutistas que tentaram restaurar a ordem antiga.
  • A alternativa E é incorreta porque a queda na produção de cereais na França não resultou na intensificação do comércio exterior francês, nem no aumento da exportação de tecidos para a Inglaterra, nem na compra de vinhos ingleses. Pelo contrário, a crise econômica e social reduziu o mercado consumidor de manufaturados, tanto interno quanto externo, e prejudicou o comércio francês. Além disso, a França e a Inglaterra eram rivais comerciais e políticos, e não tinham um intercâmbio de tecidos e vinhos. A França era um grande produtor de vinhos e não precisava importá-los da Inglaterra, que era um grande produtor de tecidos e não precisava exportá-los para a França.

17) (Fuvest) – A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, votada pela Assembléia Nacional Constituinte francesa, em 26 de agosto de 1789, visava

Qual foi o objetivo da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão?

  • A) romper com a Declaração de Independência dos Estados Unidos, por esta não ter negado a escravidão
  • B) recuperar os ideais cristãos de liberdade e igualdade, surgidos na época medieval e esquecidos na moderna
  • C) estimular todos os povos a se revoltarem contra seus governos, para acabar com a desigualdade social.
  • D) assinalar os princípios que, inspirados no Iluminismo, iriam fundar a nova constituição francesa
  • E) pôr em prática o princípio: a todos, segundo suas necessidades, a cada um, de acordo com sua capacidade.
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A alternativa correta é a letra D.

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi um dos documentos mais importantes da Revolução Francesa de 1789, que marcou o fim do absolutismo monárquico e o início de uma nova ordem política e social na França. A Declaração visava assinalar os princípios que, inspirados no Iluminismo, iriam fundar a nova constituição francesa, baseada nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. O Iluminismo foi um movimento intelectual e cultural do século XVIII, que defendia o uso da razão, da ciência e do progresso como formas de superar a ignorância, o obscurantismo e a opressão. A Declaração afirmava os direitos naturais, inalienáveis e universais do homem, como a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. A Declaração também estabelecia os princípios da soberania popular, da separação dos poderes, da legalidade, da igualdade perante a lei e da participação política dos cidadãos.

As outras alternativas são incorretas porque:

  • A alternativa A é incorreta porque a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão não visava romper com a Declaração de Independência dos Estados Unidos, mas sim se inspirar nela. A Declaração de Independência dos Estados Unidos foi um documento que proclamou a independência das treze colônias americanas da Grã-Bretanha em 1776, após uma guerra revolucionária. A Declaração de Independência também foi influenciada pelo Iluminismo e afirmou os direitos naturais do homem e o direito dos povos à autodeterminação. A Declaração de Independência dos Estados Unidos foi um modelo para a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que reconheceu a influência e a amizade dos Estados Unidos na Revolução Francesa. É verdade que a Declaração de Independência dos Estados Unidos não negou a escravidão, que era uma prática comum nas colônias americanas, mas isso não foi motivo de ruptura com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que também não aboliu a escravidão nas colônias francesas.
  • A alternativa B é incorreta porque a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão não visava recuperar os ideais cristãos de liberdade e igualdade, surgidos na época medieval e esquecidos na moderna, mas sim romper com eles. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi um documento laico, que não se baseou na religião, mas sim na razão, para fundamentar os direitos humanos. A Declaração também criticou a influência da Igreja Católica na política e na sociedade francesas, que era uma das instituições que sustentava o absolutismo monárquico e os privilégios do clero. A Declaração defendeu a liberdade de consciência e de culto, mas também a subordinação da Igreja ao Estado. A Revolução Francesa chegou a instituir o culto ao Ser Supremo, uma forma de deísmo racionalista, e a perseguir os padres e os fiéis católicos que se opunham à Revolução.
  • A alternativa C é incorreta porque a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão não visava estimular todos os povos a se revoltarem contra seus governos, para acabar com a desigualdade social, mas sim afirmar os direitos dos cidadãos franceses. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi um documento nacional, que se aplicava apenas à França e aos franceses, e não tinha a intenção de provocar uma revolução mundial. É verdade que a Declaração expressou os ideais universais do Iluminismo, que poderiam inspirar outros povos a lutarem por seus direitos, mas isso não era o objetivo principal da Declaração. Além disso, a Declaração não propôs o fim da desigualdade social, mas sim a igualdade perante a lei. A Declaração não questionou a propriedade privada, nem a exploração econômica, nem a hierarquia social, mas sim os privilégios políticos e jurídicos da nobreza e do clero.
  • A alternativa E é incorreta porque a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão não visava pôr em prática o princípio: a todos, segundo suas necessidades, a cada um, de acordo com sua capacidade, mas sim afirmar os direitos individuais do homem e do cidadão. Esse princípio é uma frase atribuída a Karl Marx, que expressa a ideia de uma sociedade comunista, onde não haveria propriedade privada, nem classes sociais, nem Estado. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão não tinha essa perspectiva, mas sim a de uma sociedade liberal, onde o Estado garantiria os direitos naturais do homem, como a liberdade e a propriedade, e o cidadão participaria da vida política através do voto e da representação. A Declaração não defendeu a distribuição dos bens de acordo com as necessidades e as capacidades de cada um, mas sim o respeito à propriedade privada e à livre iniciativa.
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18) (PUC RJ/2015) – A Revolução Francesa foi vivenciada, por muitos dos atores envolvidos, como uma ruptura com o Antigo Regime. O próprio conceito de Antigo Regime era utilizado pelos revolucionários para nomear a organização social e política anterior a 1789. As alternativas abaixo apresentam transformações que representavam uma ruptura com essa organização. Assinale a alternativa INCORRETA:

  • A) A abolição dos dízimos e da propriedade privada como direito inviolável e sagrado.
  • B) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamando a igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
  • C) A supressão da Monarquia absoluta e a defesa do princípio da soberania do povo.
  • D) A sanção da Constituição Civil do Clero, transformando os sacerdotes católicos paroquiais em funcionários públicos.
  • E) A eliminação do feudalismo, suprimindo os privilégios dos senhores feudais.
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A alternativa correta é letra A)

A abolição dos dízimos e da propriedade privada como direito inviolável e sagrado não foi uma transformação que representou uma ruptura com o Antigo Regime. Pelo contrário, a propriedade privada foi reafirmada como um direito natural e inalienável dos cidadãos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. Os dízimos, que eram impostos pagos à Igreja, foram abolidos, mas não a propriedade privada.

As outras alternativas estão corretas, pois representam mudanças que romperam com a ordem social e política do Antigo Regime, baseada na desigualdade, no absolutismo e no feudalismo.

19) (UNIME BA/2016) – Durante a Revolução Francesa, em 1789, foi aprovada a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão.

No contexto histórico da época, esse documento

  • A) criou novas relações político-ideológicas que permitiram o triunfo do socialismo.
  • B) estabeleceu novas condições de produção, tornando mais justa a relação entre capital e trabalho.
  • C) demonstrou ambiguidade, ao não reconhecer o direito de liberdade aos escravos das colônias.
  • D) promoveu o direito de igualdade de gênero, estendendo o direito de voto às mulheres.
  • E) fortalecia a imagem paternal da realeza, ao considerar caber ao Estado promover o bem-estar social.
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A alternativa correta é letra C).

A Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão foi um dos principais documentos da Revolução Francesa, que proclamava os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade entre os homens. No entanto, essa declaração não se aplicava a todos os seres humanos, pois excluía as mulheres e os escravos das colônias francesas, que continuaram sendo explorados e oprimidos pelo sistema colonial. Essa contradição revela a ambiguidade do documento, que defendia os direitos universais, mas mantinha as desigualdades sociais e raciais.

As outras alternativas são incorretas, pois:

  • A alternativa A) é falsa, pois a Revolução Francesa não criou o socialismo, mas sim o liberalismo, que defendia a propriedade privada e a livre concorrência.
  • A alternativa B) é falsa, pois a Revolução Francesa não estabeleceu novas condições de produção, mas sim consolidou o modo de produção capitalista, que gerava exploração e alienação do trabalho.
  • A alternativa D) é falsa, pois a Revolução Francesa não promoveu o direito de igualdade de gênero, mas sim ignorou as reivindicações das mulheres, que foram excluídas da cidadania e da participação política.
  • A alternativa E) é falsa, pois a Revolução Francesa não fortalecia a imagem paternal da realeza, mas sim a contestava, ao derrubar a monarquia absolutista e instaurar a república.
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20) (FaZU) – Foram decisões do Congresso de Viena, exceto:

  • A) restabelecer o absolutismo na Europa
  • B) acabar com o sistema de colonização
  • C) refazer o mapa-mundi
  • D) bloquear o avanço do liberalismo
  • E) a defesa do Princípio da Legitimidade
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A alternativa correta é a letra B.

O Congresso de Viena foi uma reunião diplomática realizada entre 1814 e 1815, após a derrota de Napoleão Bonaparte, que tinha como objetivo restaurar a ordem política e territorial na Europa. As principais decisões do Congresso foram:

  • Restabelecer o absolutismo na Europa, devolvendo os tronos aos antigos monarcas que haviam sido depostos por Napoleão.
  • Refazer o mapa-mundi, redistribuindo os territórios entre as potências europeias, de modo a garantir um equilíbrio de forças e evitar novas guerras.
  • Bloquear o avanço do liberalismo, reprimindo os movimentos nacionalistas e revolucionários que ameaçavam a estabilidade do Antigo Regime.
  • Defender o Princípio da Legitimidade, que afirmava que os governantes legítimos eram aqueles que possuíam o direito divino de governar, e não os que ascendiam ao poder pela força ou pela vontade popular.

A única alternativa que não corresponde a uma decisão do Congresso de Viena é a letra B, que afirma que o Congresso acabou com o sistema de colonização. Na verdade, o Congresso não interferiu nas relações entre as metrópoles e as colônias, e muitas potências europeias mantiveram ou ampliaram seus impérios coloniais no século XIX.

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